Preciso dizer que os cálculos estão errados. Não são sete, mas oito maravilhas do mundo, e a oitava é o beijo daquele menino. Sério gente, apesar do gosto de salame, o Joe podia viver daquilo, tipo “cinco dólares por um selinho, 10 e eu te dou um chupão, olha a promoção” essas coisas. Porém, como toda alegria de pobre dura pouco, precisávamos de ar, oxigênio e bolar uma boa desculpa pra termos ficado esse tempo inteiro na despensa.
-Isso. Não vai. Acontecer de novo. – ele disse, em meio à respiração difícil.
-Não mesmo. – eu concordo. – Vem, vamos sair daqui antes que... Antes que o pessoal esteja pensando numa coisa bem pior do que duas pessoas se beijando numa despensa.
-Tipo o quê? – ele pergunta ingênuo, e eu murmuro um “deixa pra lá”.
O fato é que as próximas horas eu fiquei num status mais ou menos parecido com o de um chapado, porque enquanto meu corpo e minha voz estavam gravando as cenas do bendito filme, minha mente estava simplesmente revivendo aquele beijo, várias e várias e várias vezes. E em câmera lenta. Eu poderia sentir a mesma sensação, tanto que pensei ter sentido novamente seu cheiro infantil e masculino ao mesmo tempo. Ops, eu não pensei. Eu estava realmente sentindo, uma vez que estávamos na cena do barco. E isso não é tudo, porque eu penso em beijá-lo ali mesmo, na hora da gravação. Oh-oh. Isso é um pensamento totalmente,definitivamente, e completamente anormal e antiético de minha pessoa, porque: 1- estávamos em gravação, como eu já disse, e beijar Joe não fazia parte do roteiro, e 2-eu prometi a ele (e ele prometeu a mim) que não nos beijaríamos mais. Pois bem, não iria ser agora que eu me tornaria uma garota-quebradora-de-promessas-e-ao-mesmo-tempo-uma-atriz-que-não-segue-roteiros.
Nem preciso descrever meu alívio quando o diretor disse “corta!” e eu pude fugir daquele lugar mais romântico do que Romeu e Julieta, da atração que Joe exercia sobre mim, e de palavras decoradas que eu deveria falar. Pude ir para um lugar onde ninguém me encontraria.
Bom, pelo menos, era isso o que estavam nos meus planos né.
-Oh, aí está você! – era Joe, pelo que eu pude ouvir. Imagine uma garota louca, escrevendo coisas loucas do tipo ninguém-pode-ver-especialmente-aquele-tal-de-Joe-Jonas, num banquinho que não participa do ambiente totalmente verde, coberto por árvores e gramas e flores e tudo aquilo que não foi feito pelo homem. Pois bem, essa sou eu.
-Er... Oi Joe – eu me viro e aceno, sorrindo, apesar de desejar mais do que nunca por ele não estar ali, vindo em direção a mim para se sentar ao meu lado. Não é por ódiá-lo, entendam; é por não odiá-lo. Deus, eu quero parar de me sentir assim toda vez que o vejo. Quero correr, quero pular no rio, quero me jogar de uma ponte, qualquer coisa, desde que ele não esteja por perto dele. Ao invés disso, digo: - Porque não se senta aqui?
-Claro. – ele se senta, e recomeça o conflito interno dentro de mim. A mão dele pega a minha, e eu luto para não ruborizar. Sem sucesso, óbvio. – Ei, tá tudo bem? Você tá tão...
-Isolada? Pois é. Eu geralmente fico assim, sabe. Mas eu estou bem, não se preocupe. – dou um leve sorriso. O cara mais desejado do mundo pergunta se eu estou bem, e tudo que eu faço é um mero sorriso. Ele tem sorte de eu não ser uma daquelas loucas atiradas que saem beijando todos os rapazes possíveis.
-Então tá, né. E aí, tava fazendo o quê? Olhando pro tempo, pensando na morte da bezerra?
-Pois é né, coitada, tão novinha...
-Fala sério Demi. – ele me fuzila com os olhos, e ambos rimos. – Essa foi horrível.
-Tanto que você está rindo.
-Eu rio de qualquer coisa.
-Verdade. – silêncio constrangedor.
-Então, o que você realmente estava fazendo?
-Você não iria querer saber.
-Se eu não quisesse, não teria perguntado.
-Verdade.
-Quer parar de falar “verdade” em tudo o que eu digo?
-O que você quer que eu fale? Dê uma de Nick e comece a discordar em tudo?
-Não, né, mas sei lá. Fala alguma coisa.
-Alguma coisa.
-Demi, você entendeu.
-Entendi sim, - e então eu começo a gargalhar. Mas não é aquela gargalhada normal, como quando alguém conta uma piada. É aquela que eu solto todas as vezes em que eu me sinto constrangida/envergonhada/ou algo do tipo. Que droga.
E pra piorar a situação, Joe começa a me olhar do mesmo jeito que Kevin olhou pra mim, depois de implorar pra que Gui saísse do meu camarim.
-Er... Isso não foi lá muito normal da minha parte, certo?
-Bom, rir é o melhor remédio, então... Eu não sei se você está doente, ou sei lá, mas é melhor ir com calma. Vai que sua caixa do riso se explode. – Nossa. Caixa do riso? Seja lá o que for, ele deve ser um daqueles viciados em Bob Esponja. Vai entender? O cara também faz o maior piti por causa de canudos ._.
-Nossa, tá bom então né.
Outro silêncio constrangedor.
-Então... O que você estava fazendo? – Deus, esse menino virou um gravador?
-Eu já disse. Você não queria saber. – ele revirou os olhos, e pensei em uma mentira rápida. Não faz um ano que eu o conheço e já me atrevo a mentir para ele. Parabéns, Demetria. – Tá... Então, eu estava olhando as nuvens.
-Sério?
-Eu disse que era besteira.
-Não, não é. Até que eu acho legal. Às vezes eu faço isso, sabe.
-Então tá. Acho que a gente deveria... voltar lá pro pessoal, sabe, devem estar precisando da gente.
-É. Vamos. – e assim nós fomos, separados por uma distância pequena, mas grande o suficiente para poder impedir que nossos braços se roçassem e que eu, claro, corasse de um jeito tão idiota que ele pudesse notar e rir da minha cara.
Fofo,será que a Demi está se apaixonando pelo Joe,fala sério porque justo Camp Rock 1?,Nem é 2008 para isso,deveria ser o 2 o ultimo infelismente:( mais um atul,não o primeiro
ResponderExcluirPOSTA LOOGO!! AMANDO ESSA FIC!
ResponderExcluiresperando ansiosa a proxima parte!! Tá muito perfeito
ResponderExcluirVOCÊ GANHOU UM SELINHO!
ResponderExcluirhttp://jemifics-love.blogspot.com/2012/01/meu-primeiro-selinho.html